Início » Miocardiopatias (doenças do músculo cardíaco) » Miocardiopatia Induzida por Quimioterapia

Miocardiopatias (Doenças do Músculo Cardíaco)

Miocardiopatia Induzida por Quimioterapia

A miocardiopatia induzida por quimioterapia é uma complicação que pode ocorrer durante o tratamento do câncer. Trata-se de uma alteração no funcionamento do músculo do coração, provocada pela toxicidade de alguns medicamentos quimioterápicos.

Os Principais Mecanismos Envolvidos Incluem:

Os principais mecanismos envolvidos incluem
  • Estresse oxidativo nas células cardíacas;
  • Disfunção das mitocôndrias (as “usinas de energia” das células);
  • Peroxidação lipídica (danos às membranas celulares);
  • Apoptose (morte celular programada).

 

Com o tempo, esses danos podem levar à fibrose do músculo cardíaco, redução da capacidade de contração do coração e, em casos mais graves, insuficiência cardíaca.

Por que o Diagnóstico Precoce é Essencial?

Por que o diagnóstico precoce é essencial

O monitoramento da função cardíaca durante o tratamento é fundamental para detectar alterações precoces, mesmo antes de surgirem sintomas.

O exame mais utilizado é o ecocardiograma, que avalia a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), um dos principais indicadores da função do coração. Técnicas mais modernas, como o strain longitudinal global, permitem identificar mudanças sutis antes da queda da FEVE.

Em alguns casos, a ressonância magnética cardíaca também pode ser indicada para uma avaliação mais detalhada.

Existe Tratamento ou Prevenção?

Existe tratamento ou prevenção

Sim. Algumas estratégias podem ajudar a prevenir ou controlar essa complicação:

Uso de medicamentos cardioprotetores, acompanhamento constante da função cardíaca e tratamento adequado da insuficiência cardíaca, caso ela ocorra.

Essas medidas, quando aplicadas precocemente, podem reduzir o risco de complicações e melhorar o prognóstico.

O Papel do Acompanhamento Multidisciplinar

O papel do acompanhamento multidisciplinar

A cardio-oncologia, área que une conhecimentos da oncologia e da cardiologia, tem ganhado cada vez mais importância. Protocolos atuais recomendam um acompanhamento conjunto entre oncologistas e cardiologistas para garantir que o tratamento contra o câncer seja eficiente sem comprometer a saúde cardiovascular.