Doenças Valvares (Doenças das Válvulas do Coração)

Estenose Aórtica

A estenose aórtica é uma doença do coração em que a válvula aórtica, responsável por permitir a passagem do sangue do coração para o corpo, se encontra quase cem por cento obstruída. 

Esse estreitamento dificulta a saída do sangue do ventrículo esquerdo para a aorta, prejudicando a circulação adequada para todo o organismo.

A causa mais comum é o desgaste natural da válvula com o envelhecimento, especialmente por calcificação, geralmente após os 60 anos. Outras causas incluem febre reumática (mais comum em países em desenvolvimento) e malformações congênitas da válvula, presentes desde o nascimento.

Quais são os Sintomas?

Quais são os sintomas

Na maioria dos casos, os sintomas só aparecem quando a doença já está em estágio mais avançado. Os principais sinais incluem:

  • Dor no peito (angina), especialmente durante esforço físico
  • Cansaço excessivo e falta de ar ao realizar atividades simples
  • Tonturas e até desmaios, principalmente ao se exercitar
  • Em fases graves, sinais de insuficiência cardíaca

 

O diagnóstico pode começar com o exame clínico, quando o médico escuta um sopro cardíaco típico com o estetoscópio, um som em forma de “diamante”, que aumenta e depois diminui durante o batimento.

Para confirmar e avaliar a gravidade da estenose, o exame de escolha é a ecocardiografia com Doppler, que mostra o grau de obstrução, o impacto no funcionamento do ventrículo esquerdo e se há necessidade de intervenção.

Qual é o Tratamento?

Qual é o tratamento

A estenose aórtica não é tratada com medicamentos. Quando os sintomas aparecem ou o coração começa a ser afetado, a única forma de tratamento eficaz é a substituição da válvula aórtica, que pode ser feita de duas formas:

  • Cirurgia cardíaca tradicional, com abertura do tórax;
  • TAVI (implante valvar por cateter), uma técnica menos invasiva, indicada especialmente para pacientes com maior risco cirúrgico.

 

As válvulas utilizadas podem ser:

  • Biológicas (duram menos, mas não exigem anticoagulantes);
  • Mecânicas (mais duráveis, mas requerem uso contínuo de anticoagulantes para evitar coágulos).

Após o diagnóstico, é importante planejar o procedimento o quanto antes, especialmente quando há sintomas. A recuperação após a substituição valvar varia de acordo com o tipo de intervenção, mas a maioria dos pacientes consegue retomar suas atividades em semanas ou poucos meses.

Com o diagnóstico precoce e o tratamento, especialmente por meio da substituição da válvula, é possível melhorar a expectativa e a qualidade de vida do paciente de forma significativa.